quinta-feira, 4 de outubro de 2012

A história de Peter.



A professora não acreditava no potencial de Peter,ela o deixava de lado a mercê de sua própria sorte.Ele estava matriculado na escola,frequentava a escola,no entanto era apenas isso,ele apenas se fazia presente.
Depois essa professora quis ir mais longe...Sugere atividades para que Peter e seus coleguinhas desenvolvam,estimulando-o sempre,sugere também que um coleguinha auxilie Peter.
O menino demonstra que ao seu modo consegue sim aprender.
A professora mudou suas perspectivas, antes ela não acreditava no potencial de Peter,hoje ela sabe o quanto ele é capaz.  
Ao pensarmos na análise desse vídeo podemos conceber essa professora como aquela que  utiliza os métodos tradicionais de ensino,como aquela que se vê apenas como uma transmissora de conteúdos.Como  constituir  sua prática docente nessa perspectiva,se nossos alunos são tão singulares,se suas potencialidades são únicas? Ao passo que nem todos conseguem assimilar o conteúdo da mesma forma e em especial os alunos com necessidades especiais assim como Peter,é previsível que alguns serão mesmo deixados de lado.
A postura tradicional dessa professora que desconsiderava os diversos contextos nos quais ocorrem os processos de ensino e aprendizagem perceberá consequências graves.Ela verá seus alunos tendo muitas dificuldades de aprendizagem repetindo de ano,fracassando na escola.
Nossas salas de aula inclusivas não permitem que essas praticas permeiem livremente por nossos fazeres docentes.Foi isso que aconteceu com essa professora,ela passou a ver-se como uma mediadora,uma facilitadora dos conhecimentos que serão construídos pelo próprio Peter.A partir da aceitação das limitações de Peter veio a aposta nas suas capacidades.
Outro fator significativo para essa importante mudança que percebemos foi o fato da professora passar a utilizar em sua prática pedagógica  a teoria de Vygotsky chamada de ZDP,Zona de Desenvolvimento Proximal que está dividida em dois níveis:O nível de desenvolvimento real e o nível de desenvolvimento potencial.No caso do vídeo,estamos falando do nível de desenvolvimento potencial onde Peter desenvolve suas tarefas com a ajuda de seu coleguinha.
Consideramos que para que a professora chegasse a esse patamar ela precisou identificar o que Peter sabia aprender sozinho,o que ele conseguia aprender com ajuda e o que ele ainda não era capaz de aprender.Partindo desse ponto ela pôde organizar as metodologias  favoráveis ao ritmo de aprendizagem de Peter. Concluímos dizendo que cada um dos nossos alunos tem suas especificidades,eles são diferentes entre si e apresentam as suas próprias capacidades,mas consideramos  que todos eles tem capacidade para desenvolver-se desde que nós professores sejamos capazes  de respeita-los,de depositarmos neles a nossa confiança.

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