A professora não acreditava no potencial de Peter,ela o
deixava de lado a mercê de sua própria sorte.Ele estava matriculado na escola,frequentava
a escola,no entanto era apenas isso,ele apenas se fazia presente.
Depois essa professora quis ir mais longe...Sugere
atividades para que Peter e seus coleguinhas desenvolvam,estimulando-o sempre,sugere
também que um coleguinha auxilie Peter.
O menino demonstra que ao seu modo consegue sim aprender.
A professora mudou suas perspectivas, antes ela não
acreditava no potencial de Peter,hoje ela sabe o quanto ele é capaz.
Ao pensarmos na análise desse vídeo podemos conceber essa
professora como aquela que utiliza os
métodos tradicionais de ensino,como aquela que se vê apenas como uma
transmissora de conteúdos.Como constituir sua prática docente nessa perspectiva,se
nossos alunos são tão singulares,se suas potencialidades são únicas? Ao passo
que nem todos conseguem assimilar o conteúdo da mesma forma e em especial os
alunos com necessidades especiais assim como Peter,é previsível que alguns
serão mesmo deixados de lado.
A postura tradicional dessa professora que desconsiderava os
diversos contextos nos quais ocorrem os processos de ensino e aprendizagem
perceberá consequências graves.Ela verá seus alunos tendo muitas dificuldades
de aprendizagem repetindo de ano,fracassando na escola.
Nossas salas de aula inclusivas não permitem que essas praticas
permeiem livremente por nossos fazeres docentes.Foi isso que aconteceu com essa
professora,ela passou a ver-se como uma mediadora,uma facilitadora dos
conhecimentos que serão construídos pelo próprio Peter.A partir da aceitação
das limitações de Peter veio a aposta nas suas capacidades.
Outro fator significativo para essa importante mudança que
percebemos foi o fato da professora passar a utilizar em sua prática pedagógica a teoria de Vygotsky chamada de ZDP,Zona de
Desenvolvimento Proximal que está dividida em dois níveis:O nível de
desenvolvimento real e o nível de desenvolvimento potencial.No caso do vídeo,estamos
falando do nível de desenvolvimento potencial onde Peter desenvolve suas
tarefas com a ajuda de seu coleguinha.
Consideramos que para que a professora chegasse a esse
patamar ela precisou identificar o que Peter sabia aprender sozinho,o que ele
conseguia aprender com ajuda e o que ele ainda não era capaz de aprender.Partindo
desse ponto ela pôde organizar as metodologias
favoráveis ao ritmo de aprendizagem de Peter. Concluímos dizendo que cada
um dos nossos alunos tem suas especificidades,eles são diferentes entre si e
apresentam as suas próprias capacidades,mas consideramos que todos eles tem capacidade para
desenvolver-se desde que nós professores sejamos capazes de respeita-los,de depositarmos neles a nossa
confiança.
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