terça-feira, 9 de outubro de 2012

Glossário




Acessibilidade - Entendemos por acessibilidade o acesso ao meio edificado(chegar aos lugares,entrar nesses lugares e poder utilizar todas as suas dependências),a comunicação e a informação.Não nos referimos apenas a rampas para cadeirantes,mas a criação de um  meio físico para todos independente da sua situação física,sensorial ou psicológica,proporcionando assim que todos se sintam confortáveis em usufruí-lo.Podemos incluir nesse grupo não apenas os portadores de necessidades especiais com incapacidade temporária ou permanente,mas também gestantes,mães com carrinho de bebê,idosos,obesos etc.
Autismo-O autismo faz parte de um grupo de síndromes chamado de Transtorno Invasivo do Desenvolvimento (TID),ele afeta a capacidade de comunicação,de socialização e de comportamento.

Cadeirante - Segundo o dicionário , cadeirante é o nome que se dá a pessoa com algum tipo de deficiência física que usam cadeira de rodas para se locomover e segundo o Wolfgang, é a pessoa que sofre a ausência da sensibilidade das pernas, ou então, da amputação das mesmas, por conta de algum problema físico ou mental, se tornando dependente da cadeira de rodas para se locomover.
No Brasil, segundo o IBGE, existem, mais de 45 milhões de brasileiros (23,9% da população) possuem algum tipo de deficiência física no Brasil – o órgão não especifica quantos são cadeirantes e o IBGE também traz um dado alarmante no país  somente 4,7% das vias urbanas contam com rampas para cadeirantes, segundo a pesquisa nenhuma cidade possui todas as ruas próprias ao transito de cadeirantes o que dificulta muito a vida desta população, que trava uma verdadeira batalha pelo direito de ir e vir garantido pela nossa constituição. A cidade brasileira que quase alcança o nível de acessibilidade é Jaguaribara, no Ceara, lá 75,5% das ruas e avenidas da cidade têm os acessos para cadeirantes. Um bom exemplo que deve ser seguido por outras cidades brasileiras.

Deficiência Visual - Deficiência visual é a perda ou redução da capacidade de enxergar em ambos os olhos, em carácter definitivo, não sendo suscetível  de ser melhorada ou corrigida com o uso de lentes e/ou tratamento clínico ou cirúrgico.
Entre os deficientes visuais, existem os portadores de cegueira e os de visão subnormal. As causas da Deficiência Visual podem ser congênitas, ou seja por glaucoma congênito, amaurose congênita de Leber, malformações oculares, , catarata congênita ou adquirida por traumas oculares, catarata, degeneração senil da mácula, glaucoma, problemas decorrentes da hipertensão ou diabetes.
Podemos identificar a deficiência visual logo nos primeiros momentos  de vida mas simples atitudes nos ajudam a notar mais claramente, se acriança não responde a estímulos luminosos, é um sinal de alerta para que os pais procurem orientação de como agir.
Os Deficientes Visuais no Brasil em 2004, chegaram a cerca de 4 milhões de pessoas. Estes dados são apresentados pelo projeto pequenos olhares. do Conselho Brasileiro de Oftalmologia já os dados do Censo mostram que no Brasil existam aproximadamente 128.000 cegos no Brasil ( cerca de 0, 075%) pelo censo de 2000,como o censo 2010 foi desenvolvido pelos mesmo critério que o anterior acredita-se que os dados não sejam coerentes.

Disfunções Psicomotoras – Estão incluídos nos distúrbios psicomotores,as dispraxias e a instabilidade psicomotora.É caracterizado por perturbações no esquema corporal,leva a confusões espaciais,rítmicas,distúrbios na coordenação dos movimentos e equilíbrio.Está dividido em:Debilidade psicomotora,Instabilidade psicomotora,Inibição psicomotora,lateralidade cruzada e imperícia.
Diversidade - Indica conceitos de pluralidade, multiplicidade, diferentes ângulos de visão ou de abordagem, heterogeneidade e variedade.

Epilepsia – É uma desordem mental,NÃO é uma doença mental.É caracterizada por uma disfunção temporária de um grupo de células do cérebro que se manifesta por descargas excessivas e anormais.O cérebro deixa de funcionar normalmente por aproximadamente 1 ou 2 minutos enviando sinais incorretos ao restante do corpo dando inicio as crises.
Inclusão escolar – É o processo de inclusão nas escolas dos portadores de necessidades especiais que anteriormente eram excluídos desses ambientes,não se trata apenas de uma simples interação física dos alunos em sala de aula,pois exige uma mudança de atitudes e de mentalidade diante das diferenças e diversidades.
Sala de recursos - As salas de recursos multifuncionais são espaços escolares em que realiza o atendimento educacional especializado aos alunos que apresentam  necessidades especiais,nestes espaços desenvolve-se  um trabalho centrado nas potencialidades dos alunos que não segue a risca os modelos pedagógicos  que muitas vezes ,promovem a exclusão destes alunos no processo educativo.São espaços organizados com materiais didáticos pedagógicos,equipamentos e profissionais com formação especializada para a realização do atendimento especializado.
O atendimento realizado deve levar em conta as diferentes áreas do conhecimento, as atividades que complementam e suplementam o currículo escolar e os princípios que norteiam  a organização destas salas  partem da ideia de que todos,independentemente de apresentarem ou não necessidades especiais te o direito de desenvolverem-se emocionalmente,cognitivamente e socialmente.

TDAH – Hoje é considerado um transtorno psiquiátrico.O aluno portador desse transtorno é o estereotipado “bicho carpinteiro”,”tá com pulga na cueca”.O camarada não consegue se concentrar nas atividades da aula,apresenta atividade corporal acima do considerado normal.Há tratamento através de medicamentos e terapia psicológica.



Práticas



Como a disciplina nos ensinou a prática inclusiva não diferencia os alunos nas atividades que se realizam em sala de aula . Escolhemos então como práticas de ensino duas atividades que fazem a integração de todos os alunos da sala de aula, onde os alunos conseguem trabalhar a cooperação, a solidariedade e o  reconhecimento da diferença  existente entre as pessoas.
Prática 1:
Apresentando o Golbol aos alunos:
O Golbol  é um jogo praticado por atletas cegos ou de pouca visão, onde o objetivo é arremessar uma bola sonora com as mãos no gol do adversário, os jogadores reconhecem a aproximação da bola através do som. O Golbol foi o primeiro desporto criado exclusivamente para deficientes visuais.
Nesta atividade podemos integrar a pessoa com problemas visuais no esporte,se houvesse a presença de cadeirantes, poderíamos integrá-lo sem problema nenhum pois o esporte se desenvolve sentado  no chão, se houvesse pessoas surdas as mesmas entram no jogo obtendo a função de júri e de auxilio dos outros que estão vendados.
Para realização da atividade em nossas turmas precisamos de uma bola, uma sacola que servirá como recurso para fazer barulho na bola, lenços para vendar os olhos dos alunos, e espaço físico para realizar a atividade.
Os alunos são divididos em dois times,  um em cada lado da quadra ou do pátio, os alunos são vendados, o professor vai orientando os alunos a se posicionarem na quadra ou pátio, os alunos se posicionam no chão, aqui não seguiremos as regras do jogo a risca, já que pela a regra são três jogares que jogam de cada lado da quadra. O jogo consiste em lançar a bola com os olhos vendados e tentar fazer o gol no outro time.
Os alunos ao realizarem esta atividade trabalham com o medo de não conseguirem enxergar e nota-se claramente a solidariedade a proteção entre eles para conseguirem realizar a atividade.

Como prática de ensino  propomos um relaxamento com os alunos sentados em círculos onde a professora vendará um dos alunos e um outro virá a sua frente,o aluno vendado através do toque deverá tentar descobrir quem é o colega que esta tocando. Após  todos os alunos participarem a professora conversara com eles sobre as diferenças que existe entre as pessoas.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

A história de Peter.



A professora não acreditava no potencial de Peter,ela o deixava de lado a mercê de sua própria sorte.Ele estava matriculado na escola,frequentava a escola,no entanto era apenas isso,ele apenas se fazia presente.
Depois essa professora quis ir mais longe...Sugere atividades para que Peter e seus coleguinhas desenvolvam,estimulando-o sempre,sugere também que um coleguinha auxilie Peter.
O menino demonstra que ao seu modo consegue sim aprender.
A professora mudou suas perspectivas, antes ela não acreditava no potencial de Peter,hoje ela sabe o quanto ele é capaz.  
Ao pensarmos na análise desse vídeo podemos conceber essa professora como aquela que  utiliza os métodos tradicionais de ensino,como aquela que se vê apenas como uma transmissora de conteúdos.Como  constituir  sua prática docente nessa perspectiva,se nossos alunos são tão singulares,se suas potencialidades são únicas? Ao passo que nem todos conseguem assimilar o conteúdo da mesma forma e em especial os alunos com necessidades especiais assim como Peter,é previsível que alguns serão mesmo deixados de lado.
A postura tradicional dessa professora que desconsiderava os diversos contextos nos quais ocorrem os processos de ensino e aprendizagem perceberá consequências graves.Ela verá seus alunos tendo muitas dificuldades de aprendizagem repetindo de ano,fracassando na escola.
Nossas salas de aula inclusivas não permitem que essas praticas permeiem livremente por nossos fazeres docentes.Foi isso que aconteceu com essa professora,ela passou a ver-se como uma mediadora,uma facilitadora dos conhecimentos que serão construídos pelo próprio Peter.A partir da aceitação das limitações de Peter veio a aposta nas suas capacidades.
Outro fator significativo para essa importante mudança que percebemos foi o fato da professora passar a utilizar em sua prática pedagógica  a teoria de Vygotsky chamada de ZDP,Zona de Desenvolvimento Proximal que está dividida em dois níveis:O nível de desenvolvimento real e o nível de desenvolvimento potencial.No caso do vídeo,estamos falando do nível de desenvolvimento potencial onde Peter desenvolve suas tarefas com a ajuda de seu coleguinha.
Consideramos que para que a professora chegasse a esse patamar ela precisou identificar o que Peter sabia aprender sozinho,o que ele conseguia aprender com ajuda e o que ele ainda não era capaz de aprender.Partindo desse ponto ela pôde organizar as metodologias  favoráveis ao ritmo de aprendizagem de Peter. Concluímos dizendo que cada um dos nossos alunos tem suas especificidades,eles são diferentes entre si e apresentam as suas próprias capacidades,mas consideramos  que todos eles tem capacidade para desenvolver-se desde que nós professores sejamos capazes  de respeita-los,de depositarmos neles a nossa confiança.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Autismo...um artista autista brilhante.


O trabalho do artista britânico Stephen Wiltshire impressiona por sua riqueza de detalhes e perfeição.

Porém, o que mais impressiona é que ele desenha tudo de memória. Stephen foi diagnosticado com autismo, e consegue produzir imensos panoramas de grandes cidades após fazer apenas um voo de helicóptero pela cidade.